Hospital de Gravataí avança rumo ao selo de UTI Top Performer com certificação da AMIB

O Hospital Dom João Becker, gerido pela Santa Casa de Porto Alegre, deu mais um passo em sua trajetória de excelência ao receber, na sexta-feira, a certificação da Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB). O reconhecimento atesta a gestão de indicadores de qualidade e desempenho da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da instituição, colocando-a no caminho para a reconquista do cobiçado selo “Top Performer” – título que já ostentou duas vezes e que destaca as UTIs de alta performance no país.
Segundo Francielle Walter, gerente da Epimed Solutions – empresa responsável pelo mapeamento de indicadores de unidades intensivas em território nacional –, o Becker demonstra “processos consistentes e um compromisso claro com a melhoria contínua”. “A unidade está alinhada aos critérios exigidos para a revalidação do selo, o que reforça sua posição como referência”, afirmou.
Para o hospital, a certificação é um reflexo do trabalho coletivo. Fernando Issa, diretor médico da instituição, destacou que a conquista vai além da assistência direta aos pacientes. “É o resultado de um esforço diário, que inclui desde o cuidado clínico meticuloso até a captação rigorosa de dados, essencial para aprimorar nossas práticas. Cada detalhe, burocrático ou não, é parte desse ecossistema de excelência”, afirmou Issa.

Estrutura moderna e equipe multidisciplinar
Inaugurada em dezembro de 2021, a UTI do Dom João Becker conta com 20 leitos de alta complexidade, ambiente de acolhimento para familiares, áreas exclusivas para a equipe de enfermagem e recursos para procedimentos como diálise. A estrutura é operada por uma equipe robusta: 22 médicos (incluindo um responsável técnico), 10 enfermeiros, 63 técnicos de enfermagem e uma supervisora, além de profissionais de fisioterapia, nutrição, fonoaudiologia e farmácia.
A unidade recebe casos de alta gravidade, como traumas decorrentes de acidentes, infartos, acidentes vasculares cerebrais (AVC) e doenças infectocontagiosas que demandam intervenção imediata. “A agilidade e a expertise da equipe são decisivas para salvar vidas em situações críticas”, complementou Issa.
Formação de novos especialistas
Outro diferencial é o programa de residência médica em terapia intensiva, realizado em parceria com a Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos). A iniciativa não só capacita futuros intensivistas, mas também amplia a cobertura assistencial, garantindo atendimento ininterrupto e alinhado às melhores práticas globais.
A reconquista do selo Top Performer – concedido a UTIs que mantêm padrões excepcionais em mortalidade prevista, tempo de permanência e uso racional de recursos – é o próximo desafio. Para Issa, a certificação da AMIB é um “termômetro” positivo: “A medicina intensiva exige evolução constante, e é isso que buscamos”.