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Projeto UTIs Brasileiras auxilia secretarias de saúde por meio do programa Governança Clínica Epimed

A Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB), em parceria com a Epimed Solutions, homenageou secretários estaduais e municipais de saúde pela adesão e esforços empenhados ao programa Governança Clínica Epimed, contribuindo para o desenvolvimento do projeto UTIs Brasileiras. A entrega das placas de reconhecimento ocorreu em Brasília, no Distrito Federal, na noite do dia 24 de março.

Por meio do programa Governança Clínica Epimed, o projeto UTIs Brasileiras auxilia secretarias de saúde a caracterizarem o perfil epidemiológico dos pacientes críticos nas UTIs, através do compartilhamento de informações e do fornecimento de dados que são utilizados para orientar o desenvolvimento de políticas públicas de saúde e contribuir com a gestão clínica assistencial, com a redução de custos e com a melhoria da qualidade e da eficiência no atendimento hospitalar.

Segundo o coordenador do projeto, Ederlon Rezende, a terapia intensiva é uma especialidade em que a performance está muito relacionada a dois fatores: recursos humanos, que precisam estar em quantidade suficiente e bem treinados, e organização. “Para uma UTI organizada, a gestão de dados é crucial. Nós precisamos de dados que vão ser transformados em informações e que vão nos permitir tomar decisões. O projeto UTIs Brasileiras é uma iniciativa que busca incentivar o maior número de UTIs do nosso país a ter essa cultura da coleta de dados, da decisão baseada em dados e da melhoria contínua baseada em dados”, explica.

As redes de saúde públicas que utilizam o programa Governança Clínica têm acesso a recursos e ferramentas gerenciais avançadas, capazes de gerar múltiplos indicadores de qualidade e performance, relatórios, escores prognósticos, análises preditivas e benchmarking exclusivo e em tempo real. Os hospitais ainda recebem apoio de uma equipe da Epimed especializada em análise de indicadores, identificação de oportunidades e melhorias.

“O projeto da AMIB vem trazer tecnologia para o SUS e, ao mesmo tempo, permitir que a gente tenha mais eficiência na gestão dos resultados das nossas unidades de terapia intensiva. O projeto não é apenas uma inovação tecnológica, ele é muito mais do que isso: é a porta de entrada para que a gente tenha condição de mensurar, avaliar e refazer o modo de cuidar do nosso paciente na UTI”, afirma Carlos Eduardo Lula, secretário de saúde do Maranhão e um dos homenageados do evento.

A AMIB utiliza a base de dados do projeto UTIs Brasileiras para conduzir ações de qualidade e segurança em terapia intensiva, que parecem ter surtido efeitos positivos nas secretarias de saúde de 25 regiões do país. Para Lula, o projeto revolucionou e permitiu que o Maranhão obtivesse resultados extraordinários, possibilitando incrementar os recursos do estado. “É isso que a gente precisa no Sistema Único de Saúde: fazer mais com menos e fazer isso a partir de soluções inteligentes”, completa.

O programa Governança Clínica está presente em mais de sete secretarias de saúde e 93 hospitais, monitorando 2.820 leitos de UTIs, entre Adulto, Neonatal e Pediátrico, e mais 14 mil leitos de internação. A Epimed Solutions, por sua vez, está presente em 750 hospitais da América Latina e da Europa, gerenciando mais de 20 mil leitos de terapia intensiva. De acordo com Maurício Velasco, coordenador médico da Epimed, o programa começou pequeno e foi crescendo.

“Quando a gente começou a ver o resultado com melhoria de taxa de mortalidade, tempo de permanência e rotatividade de leitos, a gente percebeu que podíamos fazer muito mais pelo país e começamos a abraçar outras secretarias de saúde. Hoje a gente tem o maior banco de dados do mundo e mais de quatro milhões de pacientes dentro do banco de dados da Epimed. Então, é um projeto que nasceu pequeno, mas que tomou uma proporção muito grande”, conta Maurício.

A magnitude do projeto pôde ser facilmente percebida durante a pandemia, quando painéis e relatórios quase em tempo real foram distribuídos para as secretarias de saúde, evidenciando dados das UTIs como gravidade, mortalidade, tempo de permanência, ventilação mecânica, entre outros. “Nós tivemos muitas situações em que as informações obtidas a partir do nosso banco de dados foram cruciais para municiar ações em que a AMIB esteve diretamente envolvida. Portanto, esse é um projeto fundamental para o desenvolvimento e qualificação da especialidade em nosso país”, ressalta Ederlon Rezende.

Atualmente, o projeto UTIs Brasileiras é o maior perfil epidemiológico de UTIs do mundo e seu robusto banco de dados fornece um material inestimável para a tomada de decisões. “Eu costumo falar que a gente deixou de trabalhar com achismo dentro das terapias intensivas e agora a gente tem a possibilidade de trabalhar com números. Além de trabalhar com números, a gente tem a capacidade de fazer benchmarking, que é essencial para a tomada de decisão, porque, ao fazer esse comparativo de UTIs, a gente pode saber que caminho a gente deve percorrer para as melhores tomadas de decisões”, finaliza Mauricio.