Publicação

A relação do uso de terapias de suporte como o perfil e o desfecho dos pacientes politraumatizados admitidos em uma unidade de terapia intensiva adulto

Autores: Ananda Catharina Azevedo Silva1, Eduardo da Silva Oliveira1, Mauricio Gomes da Silva Serra1, Bruno Sousa Pereira1, Suzane Pereira de Souza1, Felipe Ferreira Ribeiro de Souza1, Gabriel Silva Rocha1, Lucio Couto de
Oliveira Junior1
1Universidade Estadual de Feira de Santana – Feira de Santana (BA), Brasil

Objetivo: O objetivo desse estudo foi avaliar o perfil e desfecho de pacientes politraumatizados admitidos em UTI adulto que necessitaram de ventilação mecânica e/ou aminas vasoativas.

Métodos: Trata-se de um estudo epidemiológico e retrospectivo. Os dados foram coletados no período entre junho de 2016 e março de 2017, usando o software EPIMED monitor, aplicado em uma UTI adulto pública da Bahia. Foram incluídos todos os pacientes internados no período, com diagnóstico principal de politrauma que necessitaram de ventilação mecânica e/ou vasopressores, totalizando 152 pacientes, independentemente
de outros critérios de exclusão.

Resultados: Diante das análises, inferiu-se que 84,2% (n=128) eram homens, a média de idade de 36,52 anos, o tempo de permanência médio na UTI foi de 10,07 dias e no hospital 25,03 dias. Além disso, observou-se que 67,1% (n=102) necessitou apenas de ventilação mecânica, 0,1% (n=2) de vasopressores e 31,7% (n=48) utilizaram ventilação mecânica e vasopressores. Considerando desfechos, nos politraumatizados que utilizaram apenas ventilação mecânica a taxa de mortalidade foi de 23,52% (n=24). Nos pacientes que utilizaram apenas
vasopressores não houve mortalidade. Quanto aos que usaram ventilação mecânica vasopressores houve 22,9% de
mortalidade. Desta forma, observamos a compatibilidade dos dados com a literatura, demostrando que o uso de ventilação mecânica associa-se maior mortalidade.

Conclusão: Esse cenário permitiu avaliar que os pacientes admitidos em ventilação mecânica e/ou vasopressores em maioria eram homens, jovens e apresentavam tempo de permanência na UTI elevados e elevada mortalidade.