Publicação

Insuficiência renal aguda tratada por diálise em unidade de tratamento intensivo e seu desfecho clínico

Autores: Sergio Aparecido Cleto1, Késia Alves dos Santos1, Jaques Sztajnbok1, Fatima Venancio Porfirio1, Brenda Marjorie Gregoratto Lee1, Lucia da Conceição Andrade2
1Instituto de Infectologia “Emílio Ribas” – São Paulo (SP), Brasil; 2Disciplina de Nefrologia, Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo – São Paulo (SP), Brasil

Objetivo: Analisar os aspectos clínicos de pacientes internados em uma UTI referência em doenças infectocontagiosas na cidade de São Paulo – Brasil, com IRA, submetido a terapia renal substitutiva (TRS) e seu
desfecho.

Métodos: Foram analisados todos pacientes admitidos na UTI do Instituto de Infectologia Emilio Ribas entre
janeiro de 2016 a junho de 2017, que apresentavam IRA dialítica na admissão ou seu desenvolvimento
durante sua internação. Os dados foram armazenados e analisados através da plataforma Epimed®.

Resultados: No período foram admitidos 626 pacientes, 69% sexo masculino, idade média de 45 anos. Dos
pacientes internados no período 140 (22,15%) foram submetidos a TRS. Destes a idade média foi de 44,3
anos, suporte de TRS com média de 10,1 dias, tempo de internação na UTI de 15,4 dias e tempo de internação
hospitalar com média de 36 dias. A gravidade dos pacientes foi medida pelo SOFA com média de 9,10
pontos, e pelo escore SAPS3, que teve a média de 63,44 pontos (29-88). A probabilidade de óbito hospitalar foi
de 43,33% para equação geral e 54,47% na equação customizada para América Latina, no desfecho da
unidade. A letalidade observada na UTI foi de 54,3% (76 pacientes) e hospitalar de 58,6% (82 pacientes).

Conclusão: A IRA dialítica se mostrou elevada (22,15%), sendo uma das complicações mais frequente
na UTI e com alta letalidade (54,3%). O escore SAPS 3 apresentou boa calibração na avaliação da UTI analisada
neste trabalho.