Material Educativo

[Artigo] Como otimizar o fluxo de pacientes nas unidades de terapia intensiva durante a pandemia COVID 19

A Covid-19 é uma infecção viral com manifestações clínicas graves, incluindo a morte de mais de 30.000 indivíduos, atingindo aproximadamente 202 países e territórios segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). No entanto, a evolução epidemiológica e o impacto do Covid-19 são incertos e já existem dezenas de países com indivíduos apresentando sinais e sintomas graves, gerando uma sobrecarga aos cuidados de saúde e toda sua infraestrutura, impactando, principalmente, na capacidade operacional de os serviços alocarem esforços para atender a demanda aumentada devido à pandemia.

No cotidiano de um ambiente de terapia intensiva os principais desafios para garantir uma gestão de fluxos eficientes são taxa de ocupação hospitalar aumentada, aumento da demanda e capacidade instalada, aumento da complexidade dos pacientes, aumento dos custos, aumento da permanência e garantia da qualidade do cuidado prestado. 

No Brasil, em novembro de 2016, o Conselho Federal de Medicina (CFM) publicou a Resolução nº 2156 com o objetivo de estabelecer os critérios de admissão e alta nas unidades de terapia intensiva (UTI). Segundo a resolução, as admissões na UTI devem ser baseadas em diagnóstico e necessidade do paciente, serviços médicos disponíveis na instituição, priorização de acordo com a condição do paciente, disponibilidade de leitos e potencial benefício para o paciente com as intervenções terapêuticas e prognóstico.

Sabemos que, em tempos de pandemia, três pontos são cruciais e determinantes para garantir a eficiência na gestão do fluxo de pacientes como garantir a disponibilidade dos leitos, priorizar de acordo com a condição do paciente e assegurar os serviços assistenciais na instituição.

Portanto é fundamental a utilização de ferramentas de gestão para identificar, em tempo real, o fluxo de pacientes através dos indicadores. 

Os principais indicadores que deverão ser utilizados para permitir esse monitoramento, principalmente, durante a pandemia do Covid 19, são:

Fluxo de PacientesMedidas de SuporteDesfechos
Número de leitos disponíveisEm uso de Suporte VentilatórioAlta
Número de InternaçõesEm uso de Ventilação MecânicaÓbito
Taxa de OcupaçãoTempo Médio de VM 
Giro de leitos  
Tempo Médio de Permanência  
Intervalo de Substituição  

Entretanto, somente conhecer a variabilidade no fluxo do paciente é, definitivamente, necessário, mas não é suficiente para resolver esse problema atual de maneira adequada. Entendemos que será necessário estabelecer um time de profissionais da instituição, envolvendo as áreas (administrativas e assistenciais) para garantia da operacionalização adequada do fluxo de pacientes na instituição.

Esse time ficará responsável por estabelecer um plano de trabalho, de acordo com a capacidade da instituição, garantir a priorização dos pacientes de acordo com a gravidade da doença, assegurar a disponibilidade do leito, diariamente, através da busca ativa dos pacientes que já poderão receber cuidados menos intensivos e fortalecer uma comunicação efetiva, entre as áreas e a articulação de esforços necessários para enfrentar esse desafio. 

Pensando nesse desafio, a Epimed Solutions reforça que, através das nossas soluções, é possível realizar o monitoramento e acompanhamento em, tempo real, do fluxo de pacientes através dos painéis de leitos e de indicadores existente no sistema.

É possível também aplicar, nos pacientes já internados, a análise preditiva que permite a classificação diagnóstica, oferecendo padrões específicos de duração de internação na UTI e no hospital para cada diagnóstico. Dessa forma, é possível garantir a priorização dos pacientes a serem avaliados diariamente com objetivo de agilizar o planejamento de alta e aumentar a disponibilização dos leitos da terapia intensiva.   Por fim, a Epimed Solutions elaborou um painel de monitoramento específico para os pacientes acometidos pela COVID 19 contendo as seguintes informações: Internações por COVID 19 e SRA, taxa de ocupação, uso de VM, uso de suporte ventilatório e óbitos.

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