Como a integração entre sistemas beneficia os processos hospitalares
1 – O que é integração de dados entre sistemas na saúde?
Em uma mesma instituição de saúde, é comum haver a utilização de diferentes sistemas para realizar o atendimento do paciente. Contudo, muitas vezes, essas ferramentas não possuem integração entre si, impactando fortemente no processo e no fluxo de cuidado ao paciente.
A integração de sistemas na saúde é um processo de conexão entre diferentes ferramentas de informações para compartilhar dados com segurança e permitir que profissionais de saúde se comuniquem de maneira eficiente, proporcionando uma melhor experiência para os pacientes, desde o momento do ingresso na instituição até o desfecho no hospital.
Esse processo pode incluir, por exemplo, a conexão entre plataformas de assistência médica (PEP), de laboratórios (LIS), exames de imagens (RIS/PACS/DICOM), módulos de gerenciamento de pacientes e ferramentas internas de controle.
Dessa forma, o objetivo de realizar integrações entre sistemas de uma instituição de saúde é:
- Melhorar a qualidade da assistência ao paciente;
- Gerar uma maior satisfação nos pacientes;
- Reduzir erros médicos;
- Trazer mais segurança nas tomadas de decisões clínicas; e
- Aprimorar a comunicação entre os profissionais;
Resultando em um processo e fluxo muito mais conectado e assertivo.
2 – Quais os principais benefícios da integração de sistemas na saúde?
A integração de sistemas na saúde também pode trazer diversos benefícios importantes para os pacientes e profissionais envolvidos. Confira alguns dos principais pontos na implementação de plataformas conectadas:
2.1 Melhoria do fluxo e processo hospitalar
A integração entre os sistemas de uma instituição hospitalar torna o processo organizacional mais claro para a equipe do hospital — evitando atrasos, equívocos e erros — e para os pacientes. Com as informações e dados trafegando em tempo real entre diferentes plataformas e setores, a agilidade no fluxo de atendimento ao paciente é maior, além de garantir mais segurança e qualidade no processo.
Essa integração entre diferentes plataformas sistêmicas do hospital gera também uma importante conexão entre os setores das instituições que, por distanciamento físico ou falta de controle nos processos, costumam tentar avançar independentemente, gerando conflitos no decorrer do atendimento clínico.
A conexão entre dados de diferentes ferramentas facilita a comunicação e a coordenação entre diferentes departamentos e unidades, assegurando que todos trabalhem com as mesmas informações e sincronizadamente, fluindo em um processo único para toda a instituição.
2.2 Redução de custos
A integração entre sistemas aumenta a eficiência operacional, graças a uma maior assertividade, reduzindo possíveis erros e redundâncias no processo de cuidado. Assim, as instituições podem se beneficiar de economias significativas, tanto em termos de tempo quanto de custos financeiros.
Outro ponto importante é que a integração entre sistemas proporciona ao paciente e seus familiares uma experiência de cuidado com mais segurança e agilidade.
2.3 Melhoria na assistência do paciente
Como mencionado no item anterior, o paciente terá uma experiência de atendimento muito melhor com a integração de sistemas na instituição.
Desde o atendimento inicial na recepção do hospital, os sistemas integrados podem disparar alertas e enviar dados para todas as outras áreas nas quais o paciente será atendido. Por exemplo, caso ele necessite de um atendimento de emergência, ele poderá passar pela classificação de risco apenas com a senha do atendimento inicial e o profissional que prestará assistência fará o primeiro registro do paciente com dados iniciais e sinais vitais.
Esse registro chegará diretamente para o médico responsável pelo cuidado do paciente com a classificação de risco registrada pelo primeiro profissional, tornando o processo de priorização mais rápido e correto.
O médico, por sua vez, poderá realizar o diagnóstico de modo mais preciso e seguro, e esse atendimento poderá seguir o seu fluxo com todos os dados registrados até a saída do hospital.
Assim, o atendimento e tratamento do paciente terá mais qualidade e assertividade, pois o profissional de saúde terá em mãos todo o histórico necessário de forma ágil e confiável, independentemente do setor do hospital onde o paciente esteja ou tenha passado anteriormente.
2.4 Segurança da informação e conformidade com regulamentações
Outro ponto de extrema importância atualmente é a segurança da informação e a conformidade com as regulamentações no âmbito hospitalar. A integração entre diferentes sistemas auxilia os hospitais em termos de precisão dos dados, controle e monitoramento de acesso, auditoria e rastreabilidade, assegurando a consistência e o controle na proteção dos dados dos pacientes.
Sistemas integrados podem implementar medidas robustas de segurança para proteger os dados dos pacientes contra acessos não autorizados e violações. Além disso, a integração facilita a aderência às regulamentações e normas de saúde ao garantir que todos os registros e processos estejam devidamente documentados, acessíveis e sendo cumpridos por todas as áreas da instituição.
3 – Quais os principais tipos de plataformas sistêmicas na saúde?
A seguir, listamos os modelos de plataformas mais comuns em instituições de saúde que, quando conectados, promovem todos os benefícios já comentados para os pacientes e hospitais.
1. ERP (Enterprise Resource Planning): é uma ferramenta conhecida e amplamente utilizada por gestores que procuram eficiência no gerenciamento das empresas. No âmbito hospitalar, o ERP apoia na gestão de estoque, financeira e de faturamento, bem como no processo de atendimento do paciente. Algumas plataformas desse modelo englobam também a possibilidade de registros clínicos e laboratoriais dos pacientes.
2. RIS (Radiology Information System): trata-se de um software específico para a gestão de serviços de imagem que permite automatizar e otimizar todo o processo, desde o agendamento do exame até a entrega do laudo ao paciente ou ao médico solicitante.
3. PACS (Picture Archiving and Communication System): é uma ferramenta tecnológica de imagem médica. O recurso fornece armazenamento econômico e acesso facilitado a imagens de várias modalidades, como raio-x, tomografia computadorizada (TC), ressonância magnética (RM) e ultrassom.
4. DICOM (Digital Imaging and Communications in Medicine): é um conjunto de normas que unifica o formato de exames de diagnóstico, como tomografia, mamografia e ressonância magnética no meio eletrônico. Seu principal objetivo é facilitar o armazenamento e a comunicação de diagnósticos médicos, garantindo que tudo seja feito de forma bastante eficiente e segura.
5. LIS (Laboratory Information System): é o sistema de informação de laboratório responsável por gerenciar e armazenar os dados laboratoriais solicitados para os tratamentos dos pacientes. Pode ser responsável por todo o processo, passando pelo pedido ou agendamento, coleta do material, processamento e resultado do exame.
6. HIS (Hospital Information System): é um sistema de informação hospitalar usado para gerenciar e armazenar dados clínicos e administrativos dos pacientes. É uma ferramenta capaz de integrar informações de diferentes setores hospitalares, como radiologia, laboratórios, internações, registros médicos, entre outros.
7. PEP (Prontuário Eletrônico do Paciente): é a ferramenta utilizada por profissionais de saúde em hospitais, clínicas ou consultórios médicos. Contém dados como histórico médico, resultados de exames, diagnósticos, tratamentos, prescrições médicas, alergias, entre outras informações relevantes para o cuidado e tratamento do paciente.
Em suma, a integração entre sistemas hospitalares resulta em um ambiente de saúde mais eficiente, seguro e centrado no paciente. Ela não apenas melhora a qualidade do atendimento, mas também otimiza a operação hospitalar, contribuindo para um uso mais eficaz dos recursos disponíveis, garantindo a conformidade com as normas e regulamentações, e melhorando os processos e fluxos da instituição.
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