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[Artigo] Como prevenir as complicações adquiridas na UTI: decifrando os “bundles” de VM

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Como prevenir as complicações adquiridas na UTI: decifrando os “bundles” de VM

Pacientes sob ventilação mecânica (VM) na UTI apresentam elevados índices de mortalidade e, mesmo entre os sobreviventes, a morbidade é significativa. No Brasil, o tempo médio de ventilação mecânica na UTI gira em torno de uma semana e esses pacientes ficam internados por pelo menos dez dias na UTI e mais de duas semanas no hospital, representando um elevado custo ao sistema de saúde.

Entre os fatores associados aos piores desfechos estão, tradicionalmente: idade, presença de comorbidades graves, fragilidade, e número e gravidade das disfunções orgânicas. Os desfechos de longo prazo desse grupo de pacientes são igualmente preocupantes, visto que estes são justamente os mais suscetíveis ao desenvolvimento de complicações, como fraqueza muscular, declínio cognitivo e quadros de ansiedade e depressão que se prolongam por meses após a alta hospitalar.

Contudo, como sabemos que a maioria dos desfechos desses pacientes é determinado pelas condições pré-existentes e pela gravidade da doença aguda, sabemos também que parte da morbimortalidade pode ser atribuída a fatores ligados aos processos de cuidados. Sendo assim, são fatores que podemos modificar por meio da prática.

Tais aspectos, que já eram bastante graves, tornaram-se ainda piores com a pandemia. Seja porque os pacientes com Covid-19 apresentam maior gravidade ou porque os pacientes sem Covid-19 se tornaram mais vulneráveis e suscetíveis a adquirir complicações durante o tratamento, em função da ruptura da organização do sistema de saúde.

Os chamados processos de cuidado consistem em práticas clínicas utilizadas para garantir a aplicação de um conjunto de medidas de diagnóstico e tratamento a pacientes com diagnósticos (ou síndromes) bem definidas. Nos casos de pacientes submetidos à ventilação mecânica na UTI, sabemos que estes se encontram sujeitos a complicações, como infecções adquiridas na UTI (mais especificamente pneumonias e traqueobronquites que ocorrem em 5% a 40% dos pacientes); tromboembolismo venoso; fraqueza muscular (miopatias e neuropatias); delirium e prolongamento da internação na UTI; entre outras.

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