Material Educativo

[Artigo] Sepse: quais os principais desafios nas UTIs brasileiras?

desafios-das-utis-brasileiras.jpg

A sepse é a principal causa individual de internações nas UTIs do Brasil. Ao olharmos os dados de sepse isoladamente, podemos até ter uma impressão distinta, porém, ao pensarmos que, por trás de cada diagnóstico primário de pneumonia, infecção urinaria, infecção de sítio cirúrgico, peritonite, entre outras, está um caso de sepse, seguramente temos a certeza de que essa é a primeira entre as causas de internação em UTIs.

Estudos realizados no Brasil, bem como o projeto UTIs Brasileiras (www.utisbrasileiras.com), o maior registro nacional de pacientes de UTI do mundo, comprovam essa afirmativa com base nos dados. E o que nos dizem esses dados quando analisados?

Primeiramente, nos dizem que a sepse é frequente (representando potencialmente até 30% das internações em UTIs mistas), grave (usualmente associada à disfunção de múltiplos órgãos, necessitando de VM invasiva em pelo menos 40% dos casos), que seus resultados ainda se relacionam à elevada mortalidade (variando entre 25 a 60%, embora essa taxa venha melhorando gradativamente, como mostra a figura abaixo) e demandam intenso uso de recursos (uma vez que o tempo médio de internação é de nove dias na UTI e 21 dias no hospital).

grafico-sepse.jpg

Figura extraída do artigo: Mortality due to sepsis in Brazil in a real scenario: the Brazilian ICUs project.
Lobo SM, Rezende E, Mendes CL, Oliveira MC.Rev Bras Ter Intensiva. 2019;31(1):1-4. doi: 10.5935/0103-507X.20190008. Epub 2019 Mar 21.

Os dados também nos ensinam que devemos entender a sepse como, pelo menos, duas condições distintas: a sepse adquirida na comunidade e a sepse adquirida no hospital. Esse raciocínio facilita não somente a compreensão do perfil de pacientes, etiologia e orientação terapêutica, mas também nos ajuda a entender como melhorar.

Em suma, podemos assumir que os pacientes com sepse adquirida na comunidade necessitam de triagem e identificação rápida, além da pronta instituição de medidas diagnósticas e terapêuticas, como preconiza a Campanha de Sobrevivência à Sepse (www.ilas.org.br). Dessa forma, precisamos atuar rapidamente (e sem excessos!) no tratamento inicial desse paciente e no monitoramento tanto da resposta ao tratamento, quanto de aspectos ligados à segurança dos cuidados.

 

Para ler o artigo “Sepse: quais os principais desafios nas UTIs brasileiras?”, clique abaixo e faça o download do arquivo gratuitamente.

BAIXE O MATERIAL

Para conferir outros materiais educativos, clique aqui.