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[Artigo] O impacto da COVID-19 nas infecções relacionadas à assistência à saúde em 2020: Um resumo dos dados reportados ao National Healthcare Safety Network

 

Após anos de reduções constantes nas taxas de infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS), taxas significativamente mais altas de quatro entre seis infecções rastreadas rotineiramente foram observadas em hospitais dos Estados Unidos (EUA), segundo uma publicação do Infection Control & Hospital Epidemiology, jornal da Society for Healthcare Epidemiology of America.

Esse aumento nas taxas de IRAS foi atribuído a fatores relacionados à pandemia de COVID-19, tais como aumento do número de internações, aumento do número de pacientes graves, uso frequente e prolongado de dispositivos invasivos (ex.: cateter venoso central, ventilação mecânica, cateter vesical), bem como os desafios diários enfrentados pela equipe assistencial (ex.: número de profissionais insuficientes, elevada carga de trabalho, suprimentos insuficientes ou inadequados). A esses fatores, soma-se o aumento da resistência bacteriana decorrente do aumento das prescrições de antibióticos.

Para a coleta de dados, os pesquisadores usaram dados de 2019 e 2020 do National Healthcare Safety Network (NHSN), o maior sistema de vigilância de IRAS dos EUA, que é utilizado por quase todos os hospitais americanos para atender às exigências locais, estaduais ou federais de notificação de IRAS.

Segundo os pesquisadores, as quatro IRAS que mais aumentaram no quarto trimestre de 2020, comparado a 2019, foram: infecções da corrente sanguínea associadas a cateteres centrais (47%), infecções do trato urinário associadas a cateter vesical (19% ), eventos associados a ventiladores (45%) e infecções por Staphylococcus aureus resistente a meticilina (34%); enquanto as infecções de sítio cirúrgico e infecções causadas por Clostridium difficile permaneceram estáveis ou diminuíram no período do estudo.

Com relação ao aumento nas taxas de IRAS, os pesquisadores relatam que não foi simplesmente um reflexo do aumento do uso de dispositivos, mas, sim, de práticas de controle de infecção prestadas em enfermarias de COVID-19, muitas vezes adaptadas à escassez de equipamentos de proteção individual (EPI), de profissionais de saúde e demais equipamentos utilizados na assistência.

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