[Artigo] ‘One Health’ e a Resistência aos Antimicrobianos
Neste artigo iremos abordar a definição e relação do One Health e a resistência aos antimicrobianos. As epidemias de gripe aviária [Influenza A H5N1] e de tantas outras que ocorreram no mundo nas últimas duas décadas, não deixam dúvidas quanto a importância de se entender a dinâmica interação entre os humanos e os animais.
A globalização, as viagens mais frequentes e em menor tempo entre destinos; mas também a pobreza e a falta de saneamento básico, ainda são atualmente alguns dos fatores que levam a disseminação rápida de microrganismos entre os humanos, entre os humanos e os animais e vice-versa. Nesse sentido, é necessário que os Órgãos de saúde em todo mundo estejam em sintonia com a velocidade dessas interações, para que possam estar preparados para os efeitos originados delas.
Isso se aplica bem quando trata-se da questão da resistência aos antimicrobianos, problema que vem atingindo níveis insustentáveis em todos os países e em diversas áreas como a medicina humana, a medicina veterinária, a agricultura, etc; levando os profissionais dessas áreas e pesquisadores a considerarem que o ‘fim da era antibiótica’ está próximo!
Para o enfrentamento da resistência aos antimicrobianos a Organização Mundial da Saúde [WHO], a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura [FAO] e a Organização Mundial de Saúde Animal [OIE] se uniram para estabelecer ações que de forma colaborativa e multisetorial, possam frear o avanço de tal resistência.
A proposta implementada foi o lançamento em 2008 da abordagem ‘One Health’, a qual parte do pressuposto de que a saúde humana está intimamente ligada a saúde animal e que ambas, por sua vez, estão interligadas ao meio ambiente. Portanto, tratar da resistência aos antimicrobianos vai exigir ações transdisciplinares e parcerias entre os múltiplos atores envolvidos com o tema.
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