[Infográfico] É preciso estar preparado para novos surtos e crises sanitárias: uma perspectiva das UTIs
Durante os anos 2020 e 2021, a pandemia de SARS-COV2 (COVID-19) gerou uma crise sanitária com um número sem precedentes de pacientes com pneumonias graves, necessitando de hospitalização e cuidados intensivos. Observamos nesses meses a saturação e o colapso dos sistemas de saúde. E nos deparamos com o elevado preço humano e financeiro de não termos a capacidade de prover cuidados em tempo e intensidade adequada aos pacientes mais graves. Por isso, precisamos aprender com o legado dessa pandemia para estarmos preparados para futuras crises sanitárias.
Grandes esforços foram realizados por profissionais de saúde, governos, setor privado, entre outros, para expandir o número de leitos de UTI, equipá-los e habilitar profissionais para atuar neles. Tais ações mitigaram parcialmente a catástrofe da pandemia, permitindo suporte avançado de vida a pacientes graves com COVID-19. Nesse momento, com a redução global de casos, incluindo casos graves, nos resta imaginar qual será o legado dessa pandemia para o futuro das UTIs.
Enfim, precisamos, sim, estar preparados para novas crises sanitárias, mas, sobretudo, temos que usar o aprendizado da pandemia. É fundamental utilizar a informação a favor dos intensivistas, permitindo a avaliação de qualidade e eficiência das UTIs, implementação de melhores processos de cuidado e tomada de decisão. Sendo assim, confira 3 tópicos importantes para estar preparado para futuras crises sanitárias:
1- Precisamos estar prontos para novas crises sanitárias!
Pandemias são improváveis em curto prazo? Talvez, mas as rápidas mudanças (i.e. climáticas, ecológicas, microbiológicas) tornam esse risco tangível. Nos últimos 20 anos, tivemos diferentes tipos de coronavírus (SARS, MERS e SARS-COV2), Zika, Dengue, Chikungunya e Ebola em proporções antes inimagináveis.
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