[Artigo] Infecção de corrente sanguínea: uma análise de estudos e recomendações
A infecção de corrente sanguínea (ICS) pode ser caracterizada pela presença de microrganismos, sejam bactérias ou fungos, na corrente sanguínea de um indivíduo, podendo levá-lo a óbito. Normalmente acompanhada de sinais e sintomas, a ICS é mais grave em pacientes hospitalizados, pois os patógenos encontrados nos exames (hemoculturas) podem apresentar perfil de sensibilidade ruim, isto é, resistência desenvolvida aos principais antimicrobianos recomendados para tratá-las.
A hemocultura coletada rotineiramente pode ser utilizada para detectar infecções na corrente sanguínea. Um estudo retrospectivo realizado em Maceió, no Alagoas, revelou as características microbiológicas de infecção de corrente sanguínea em um hospital público de referência no Nordeste. Foram coletados e analisados os dados dos prontuários com hemoculturas positivas por um período de onze meses.
Os resultados encontrados foram: 2.107 hemoculturas, sendo 17 positivas para Staphylococcus coagulase-negativo (51,14%), seguido por Staphylococcus aureus (11,21%) e Klebsiella pneumoniae (6,32%). As bactérias Gram-positivas predominaram entre as hemoculturas desse estudo, enquanto as bactérias Gram-negativas apresentaram um número maior de espécies entre as culturas de sangue positivas.
Já um estudo sueco, desenvolvido por 14 anos sobre ICS em culturas da província histórica Östergötland, observou um aumento importante na incidência de infecções de corrente sanguínea ao longo desse período, detectadas principalmente com início na comunidade (83%) e no hospital (32%), respectivamente. De modo geral, os autores sugerem que as intervenções para diminuir ICS devem ser consideradas conjuntamente a programas robustos de administração de antibióticos, a fim de evitar o uso excessivo e subutilizado desses medicamentos.
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