Análise de desempenho de UTI em tempo real
Especialistas e sociedades médicas recomendam que o tempo de permanência na UTI seja medido e comparado para análise da UTI. E esse representa um indicador da eficiência e uso de recursos da UTI.
Por ser de fácil mensuração e reprodutível, o tempo de permanência é considerado um bom marcador de uso de recursos e deve ser empregado de forma ajustada ao risco, de acordo com a gravidade de pacientes medida pelo escore SAPS3, para obter as matrizes de eficiência para a análise da UTI, conforme descrito na Figura 2 (adaptada de ICU MANAGEMENT).
Embora os médicos da UTI sejam eficientes em prever mortalidade, mesmo os intensivistas experientes são incapazes de prever com precisão o tempo de internação na admissão para os pacientes que apresentem tempo de internação curto ou longo (Nassar e Caruso 2016).
A importância da estimativa de tempo para análise da UTI
Nos últimos anos têm sido relatados diversos modelos de previsão de tempo de permanência na UTI. No entanto, uma revisão sistemática publicada recentemente descobriu que nenhum desses modelos satisfaz completamente os requisitos. Seja para planejamento, identificação de longa permanência na UTI inesperada ou para fins de benchmarking.
Os autores recomendam que os médicos que usam esses modelos para prever o tempo de permanência na UTI devem interpretá-los com cautela e usá-los para benchmarking. Contudo, não para avaliação individual do paciente (Verburg et al. 2017). Um estudo mais recente descreve as limitações e utilidade de modelos de previsão de duração de internação (Estudo Peres et al).
Uma observação importante sobre esses modelos é que o período entre o momento em que a amostra é coletada e os resultados são gerados deve ser reduzido consideravelmente para ser usado em equações preditivas (Zimmerman e Kramer 2017). Recentemente, o Epimed Monitor System® incorporou uma ferramenta que coleta dados sobre o tempo de permanência real e…
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